INDIFERENÇA - ZEZÉ & LUCIANO DE CAMARGO
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Estava seguindo pela estrada, pensativo, esquisito, sem saber porque...!.
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Dirigindo distraído, avistando logo à frente meu próprio passado que deslizava vagarosamente, como nuvens sorridentes que iam acenando alegres fazendo-me sorrir também com emoção bem sentida e saudosa de tanto tempo.
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SILÊNCIO !. Apenas o ronco do motor e o suave sussurar do vento !.
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Balancei a cabeça e sintonizei o rádio em uma estação local.
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Que interessante: nunca havia prestado atenção àquela música. Na verdade, sim, é claro que já havia ouvido várias vezes aquela bonita melodia, um som delicioso para relaxar... mas nunca havia "ouvido" a sua letra, quero dizer, claro que ouvi várias vezes e até poderia cantar automaticamente toda a sua letra, porém, nunca prestei atenção na mensagem chorosa do BEM QUERER !.
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BEM QUERER !.
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Lembrei de meu pai: Ele era um escritor !.
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Era correspondente de jornais, tanto do local quanto o da Capital. Escrevia as notícias, como jornalista, e também publicava crônicas e poesias. Meu pai não era apenas um escritor, ele era um Poeta !.
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Escreveu e publicou muita coisa. Tenho quase tudo guardado mas, como naquela música que estava ouvindo, embora tivesse lido várias vezes seus escritos, fosse onde fosse o meio veiculado, apenas li mas não me interessei em entender, assimilar suas mensagens !.
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Agora entendo o sentido da INDIFERENÇA e me envergonho enquanto ouço essa música:
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- ... é a sua indiferença que me mata,...que me mata,... que me mata... !"
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Aquele moço pegou o telefone, chorando, muito triste, implorando:
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- " Fala pra mim, diga a verdade: de onde vem esse medo que machuca tanto a gente ?. Quero entender, pois me parece tudo errado. Parece um fogo cruzado e não consigo entender !. Venho procurando há tanto tempo,... por quê não me telefona ?. Pelo menos diga-me para esquecer... Tenho o coração partido, sei que estou chegando ao fim. Está tudo errado, é essa Indiferença que me mata. È essa Indiferença que me mata... !".
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Eu deveria ter lido aqueles poemas e sentido com o coração, não apenas com os olhos e com os ouvidos pois assim é tudo tão vazio. É a pessoa que Queremos Bem que nos fala e não conseguimos dar atenção, menos ainda ouvir e entender sua mensagem.
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É como "falar ao vento":- ... As palavras rompendo-se em letras desencontradas que vão seguindo pelo ar sem qualquer sentido que se possa compreender, mas trazendo o amargo sentimento da ruptura que fere o coração e a alma, na percepção de quem ama, enquanto a súplica da presença só encontra como eco a Indiferença !.
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Fala pra mim, diz a verdade...!.
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BEM QUERER:-... Vou ler novamente, como sendo a primeira vez, tudo que meu pai escreveu. Em seus poemas, há tanta verdade tão linda que só agora que descobri vou poder entender !.
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Raul Ramos Neves de Abreu
07 - Novembro - 2015
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Era correspondente de jornais, tanto do local quanto o da Capital. Escrevia as notícias, como jornalista, e também publicava crônicas e poesias. Meu pai não era apenas um escritor, ele era um Poeta !.
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Escreveu e publicou muita coisa. Tenho quase tudo guardado mas, como naquela música que estava ouvindo, embora tivesse lido várias vezes seus escritos, fosse onde fosse o meio veiculado, apenas li mas não me interessei em entender, assimilar suas mensagens !.
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Agora entendo o sentido da INDIFERENÇA e me envergonho enquanto ouço essa música:
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- ... é a sua indiferença que me mata,...que me mata,... que me mata... !"
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Aquele moço pegou o telefone, chorando, muito triste, implorando:
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- " Fala pra mim, diga a verdade: de onde vem esse medo que machuca tanto a gente ?. Quero entender, pois me parece tudo errado. Parece um fogo cruzado e não consigo entender !. Venho procurando há tanto tempo,... por quê não me telefona ?. Pelo menos diga-me para esquecer... Tenho o coração partido, sei que estou chegando ao fim. Está tudo errado, é essa Indiferença que me mata. È essa Indiferença que me mata... !".
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Eu deveria ter lido aqueles poemas e sentido com o coração, não apenas com os olhos e com os ouvidos pois assim é tudo tão vazio. É a pessoa que Queremos Bem que nos fala e não conseguimos dar atenção, menos ainda ouvir e entender sua mensagem.
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É como "falar ao vento":- ... As palavras rompendo-se em letras desencontradas que vão seguindo pelo ar sem qualquer sentido que se possa compreender, mas trazendo o amargo sentimento da ruptura que fere o coração e a alma, na percepção de quem ama, enquanto a súplica da presença só encontra como eco a Indiferença !.
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Fala pra mim, diz a verdade...!.
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BEM QUERER:-... Vou ler novamente, como sendo a primeira vez, tudo que meu pai escreveu. Em seus poemas, há tanta verdade tão linda que só agora que descobri vou poder entender !.
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Raul Ramos Neves de Abreu
07 - Novembro - 2015
Lindo ! Recordar nos permite reviver o que nos feliz.....
ResponderExcluirvanilda
Olá Vanilda, fomos sempre bons amigos, não é mesmo ? Você, sua irmã Vera, a Vilma. Lembro muito de seus pais, da casa onde moravam. Isso tudo e mais, são pedras preciosas que adornaram nosso caminho e nossa vida. Um grande abraço a vc, ao seu marido Jaiminho, a suas irmãs. Raul
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