Jane Birkin - Je t'aime
Amanhecia calmamente sobre Copacabana !
Pessoas já caminhavam descalças na fria areia da praia, admirando o espetáculo da natureza brindando toda a beleza natural da Cidade Maravilhosa.
O Sol vagarosamente surgia por trás das ondas do mar, serenas, compassadas em uma linda melodia cantada pelo vento, pelas gaivotas, pelos suspiros e exclamações daquelas pessoas completamente fascinadas!
Turistas registravam com suas câmeras todo aquele explendor, como se nunca tivessem visto nada igual. Que lindo! Que delícia! Que prazer!
A areia da praia branquinha e gelada pelo sereno da madrugada guardava ainda vestígios de apaixonados que certamente entregaram-se em felicidade!
Caminhando tranqüila e sorridente, sozinha, uma bela mulher não se continha de emoção admirando aquele cenário tão bonito de cores tão variadas dos raios solares, das ondas, da areia, da vegetação, das roupas coloridas, dos sons diversos de línguas estranhas, das musicas... daquela vida toda cheia de poesia!
O Sol já se mostrava imponente enquanto as pessoas todas o admirando, de braços abertos, oravam agradecendo por mais um lindo dia, esperanças renovadas, alegrias desejadas, amores, saudades, vida!
Ela parou em frente a um grupo de turistas, admirando a manifestação tão repleta de alegria, de todos, por aquele momento tão mágico que não haveria qualquer vivente que não se comovesse.
- Bon jour, “petite dame”! Está merveilleux Le Soleil.
- Oh, monsieur. Je suis brésilien. Parlez vous portugais?
- Oui, ma petite dame. Um pouco, mas tenha você calma.
- Ah, sim! Vou falar devagar...
- Devagar ? No comprendo!
- Devagar,... Doucement !
- Ah, oui ! Sim, comprendo. Doucement…. Devagar ! Sim!
- Pardon moi, ... você morar a Riô ?
- Oui,... eu moro no Riô sim! (respondeu gargalhando)
- Oh,... você feliz! Lindô Riô, muito lindô Cidade Marravilhosa !
- Eu sou Jean...
- Oh, Jean, eu sou a Marie!
- Marie?
- Sim, Marie ... como Maria, mas em francês!
- Ah, si, trés intéressant! Un beau nom!
Marie e Jean ficaram horas conversando sobre a Cidade Maravilhosa e também sobre a França, em especial a “Cidade Luz”, afinal, as duas continham as “Maravilhas do Mundo”, o Cristo Redentor e a Torre Eiffel.
Marie sabia um pouco de francês e aproveitou o momento para lembrar um pouco o que já ia se perdendo....! Jean, encantado com aquela linda mulher brasileira, ia exercitando aos “trancos e barrancos” o pouco que havia aprendido do idioma “brasileiro”.
Jean, era um homem bem alinhado, claro porém bronzeado, olhos azuis, cabelos escuros lisos, de cerca de 40 anos, Arquiteto, porte físico atlético, ou bem cuidado, simpático, atraente, culto, educado e divertido.
Marie, uma linda mulher de cabelos castanhos claros, um belo corpo também bem cuidado, mineira residente no “RIÔ” há mais de 20 anos, ainda com leve sotaque mineiro-paranaense, já que também havia morado naquele estado, olhos castanhos de brilho penetrante, Artista Plástica, mulher e por isso não se fala a idade (??? !!!), cultíssima, educadíssima, divertidíssima e outros “íssimas” ...
... que “Cristão ou Muçulmano ou Judeu ou Tibetano ou outros, inclusive eu que estou aqui contando a história” NUNCA DEIXARIA DE NOTAR E FICAR LOGO BABANDO DE PAIXÃO !
(pronto, já apelei pra descrição que, no popular, só podemos mesmo é dizer: “ eita mulher gostosa!”... não vou dizer as medidas de Marie pra ninguém ficar depois me pedindo o nome, endereço, e-mail, celular, etc. ... porque se eu descobrir .... hehehehehe.... “ninguém tasca porque eu vi primeiro!”).
Bem,... onde é que estávamos mesmo ? Ah sim,... muito mesmo ! ufa !.... (esse francês tá me sacaneando, vou dar um jeito nele logo porque já to com ciúme!)
As horas passaram tão rapidamente, que nem perceberam que, sentados à sombra de uma exuberante árvore, o movimento da cidade, nas ruas, nos bares, na praia era intenso. Resolveram então encontrarem-se logo mais em um Restaurante próximo, já definido, para o almoço e continuarem se conhecendo.
Marie voltou pra casa radiante. Nunca poderia imaginar que justo naquele dia iria encontrar alguém tão agradável que ela já estava sonhando. Tomou logo seu banho e foi para o lugar combinado.
Jean, após o banho, olhando lá do alto, da janela de seu apartamento do Hotel, avistou aquele mar azul maravilhoso e pensou:
- “Que lindas as ondas do mar, que vêm e que vão e voltam num segundo formando espumas dando asas à minha imaginação, que vai distante buscar a figura tão doce de meu amor, inspirando caricias, afagos, fazendo-me sentir o perfume suave de seu corpo, o calor de seu abraço, a ternura de seu beijo, o compasso de seu coração, a beleza de seu sorriso, a alegria de te-la mulher!”
Jean apaixonou-se! E certamente também Marie!
Após o almoço, voltaram à praia, de mãos dadas, corações pulsantes...
O Sol começava a dizer adeus àquela paisagem tão linda e, da mesma forma que pela manhã, caminhava lentamente para sua morada todo cheio de explendor espargindo alegrias por todos os cantos onde seus raios pousavam carinhosamente, como num doce aceno melancólico, de coração também apertado, distanciando-se da Cidade Maravilhosa!
Silêncio!
Deitados na areia abraçaram-se!
... " Je t’aime, ... je t’aime !
Oh, … oui ! je t’aime !
Oh mon amour, ...
Comme la vague irrésolue, ...
Je vais, ... je vais et je viens,...
Entre tes reins ...
Et je me retiens ...
Je t’aime je t’aime !
Tu es la vague, moi l’île nue, ...
Tu vas, et tu viens, ...
Entre mes reins, ...
Et je te rejoins, ...
L’amour physique est sans issue, …
Alles! … comme la vague irrésolue,…
Je vais, tu vas, je viens, tu viens,…
Non ! maintenant !... Viens !..
Je t´aime ! … je t´aime ! … je t´aime ... "
- o -
Raul de Abreu
22/12/2009
- o -
Raul de Abreu
22/12/2009
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