domingo, 19 de janeiro de 2014

A TRISTEZA DE PIÃO !


Alarido no âmago do homizio !.
De alcunha ardilosa, “Pião”, ignóbil, nada além de um pacóvio, lá  vinha correndo ruando recôndido como usual, belicoso em balbúrdia, fugaz fenecendo e loquaz !
Não tinha jeito, era rotina diária: em pleno arroubo, tentando um dândi, Pião engodava,... engodava, ... tanto, que mesmo insolente nada mais era que um inócuo frugal.
Certo dia chegou pachorrento, nada janota, parecendo petiz embora plissado e pôs-se a ruar rubicundo: deu-lhe na veneta, sentiu a admoesta de sempre, um novo alarido, tentou dilapidar no âmago, fleumático mas ígneo, e mais loquaz do que sempre, bradou aos quatro ventos:
- Implícito que seja, venho cá, mesmo ignóbil, em irrupção a justapor pois eis que outrora insolente, agora apenas parco, ... venho para suscitar, taciturno, tênue ... no único afâ de  tergiversar pois se antes pérfido e então inócuo, ... se antes perdulário mas já apenas incólume, ... nada mais há que fenecer senão sumidade, porém perene e que a admoesta tão merecida perdure para sempre e que toda nódoa se dissipe com um simples gesto de vosso perdão !
Silentes, acompanharam com o olhar de besugo enquanto Pião, triste, cabisbaixo, seguiu o seu caminho sem mais nada falar !... 

Raul de Abreu
25/08/2010  19:13 hs

4 comentários:

  1. Hahahahhaha, cada quá com seo piquá..num adianta comer xuxu e arrotar peru... ótimo!! adorei...bjos

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  2. Jogo de palavras...inteligente !

    Joga..... o jogo do aguçar,
    do desejo de interpretar:
    - a interpretação do mensageiro...provocativa........

    evoca a espontaneidade infantil e,
    a possibilidade de ser tolhido dela...

    no seu âmago, a....... amargura da sujeição,
    mesmo que indocilmente resistente.

    harmonia quântica....sempre!
    lica - inv/10 - dubhe*

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  3. Esse texto é teu ou de Camões???????????
    Gostaria muito de saber a traudção do texto....
    No aguardo desde já agradeço

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  4. Prezadas amigas ou amigos:
    Agradeço seus comentários. Tudo que publiquei neste Blog é 100% meu. Portanto, este "PIÃO" é um texto meu e "Pião" eu conheci há muitos anos atrás.

    Quem me pergunta se o texto é de Camões, juro que nada aqui tem de Camões. Aliás, ele nasceu em 1524 e eu nasci mais de 430 anos depois.

    Não gosto e não tenho o hábito de copiar, plagiar ou reproduzir o que não é meu, mas dou o devido valor ao que tem valor.

    Ou tenho inspiração para criar e publicar ou não escrevo nada.

    Se você que deseja a tradução, deixar seu nome e endereço eletrônico (e-mail), ficarei honrado em lhe enviar. Abraços a todos, Raul de Abreu

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