Alarido no âmago do homizio !.
De alcunha ardilosa, “Pião”, ignóbil, nada além de um pacóvio, lá vinha correndo ruando recôndido como usual, belicoso em balbúrdia, fugaz fenecendo e loquaz !
Não tinha jeito, era rotina diária: em pleno arroubo, tentando um dândi, Pião engodava,... engodava, ... tanto, que mesmo insolente nada mais era que um inócuo frugal.
Certo dia chegou pachorrento, nada janota, parecendo petiz embora plissado e pôs-se a ruar rubicundo: deu-lhe na veneta, sentiu a admoesta de sempre, um novo alarido, tentou dilapidar no âmago, fleumático mas ígneo, e mais loquaz do que sempre, bradou aos quatro ventos:
- Implícito que seja, venho cá, mesmo ignóbil, em irrupção a justapor pois eis que outrora insolente, agora apenas parco, ... venho para suscitar, taciturno, tênue ... no único afâ de tergiversar pois se antes pérfido e então inócuo, ... se antes perdulário mas já apenas incólume, ... nada mais há que fenecer senão sumidade, porém perene e que a admoesta tão merecida perdure para sempre e que toda nódoa se dissipe com um simples gesto de vosso perdão !
Silentes, acompanharam com o olhar de besugo enquanto Pião, triste, cabisbaixo, seguiu o seu caminho sem mais nada falar !...
Raul de Abreu
25/08/2010 19:13 hs
Raul de Abreu
25/08/2010 19:13 hs
Hahahahhaha, cada quá com seo piquá..num adianta comer xuxu e arrotar peru... ótimo!! adorei...bjos
ResponderExcluirJogo de palavras...inteligente !
ResponderExcluirJoga..... o jogo do aguçar,
do desejo de interpretar:
- a interpretação do mensageiro...provocativa........
evoca a espontaneidade infantil e,
a possibilidade de ser tolhido dela...
no seu âmago, a....... amargura da sujeição,
mesmo que indocilmente resistente.
harmonia quântica....sempre!
lica - inv/10 - dubhe*
Esse texto é teu ou de Camões???????????
ResponderExcluirGostaria muito de saber a traudção do texto....
No aguardo desde já agradeço
Prezadas amigas ou amigos:
ResponderExcluirAgradeço seus comentários. Tudo que publiquei neste Blog é 100% meu. Portanto, este "PIÃO" é um texto meu e "Pião" eu conheci há muitos anos atrás.
Quem me pergunta se o texto é de Camões, juro que nada aqui tem de Camões. Aliás, ele nasceu em 1524 e eu nasci mais de 430 anos depois.
Não gosto e não tenho o hábito de copiar, plagiar ou reproduzir o que não é meu, mas dou o devido valor ao que tem valor.
Ou tenho inspiração para criar e publicar ou não escrevo nada.
Se você que deseja a tradução, deixar seu nome e endereço eletrônico (e-mail), ficarei honrado em lhe enviar. Abraços a todos, Raul de Abreu