quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

JULLY

John Denver  -  Sunshine on my shoulders

... “A mim já encontrei, agora só falta você.... !“

Ela vinha atravessando a avenida, em uma tarde tão bonita... não resisti a tanta beleza e dirigi-me a ela:
- Desculpe-me perguntar: qual é o seu nome ?
- Jully !
- Jully ? É um nome diferente! Seria Julia, Juliana, Juliane, ... ?
- Sim, Jully !. Apenas Jully,... de Jullyenne !
- Ah... sei, ... ! E aí, Jully, ... o que anda fazendo na vida ?
- Bem, ... gosto de tudo que é bom; sou uma pessoa dinâmica, considero-me alegre, inteligente, sensível, meiga, amiga verdadeira, generosa e sincera. Não gosto de mentiras. Busco um companheiro, uma pessoa interessante, que esteja de bem com a vida, inteligente, sensível, sincero, que tenha as mesmas características que eu, que seja bem realizado em todos os sentidos e bem resolvido emocionalmente. Gostaria que fosse romântico e carinhoso.

Jully era uma moça muito bonita, morena de cabelos castanhos, olhos claros, cerca de 1,60 m, muito inteligente, voz suave, meiga e um sorriso encantador. Talvez uns 30 anos de idade, não aparentando idade alguma pois seu olhar e delicadeza chamavam a atenção de todos que passavam, admirando-a como uma linda criança !.

Uma criança alegre, livre, sem maldades,... mas uma mulher encantadora ! Não era possível admirar sua beleza sem sentir alguma coisa... Mas ela ficava firme em seus pensamentos:
- Quero encontrar um homem que possa ser o meu companheiro, que seja generoso, sensível e carinhoso, verdadeiro, inteligente, educado e muito bem humorado, meu amante, protetor, meu fiel escudeiro e que sejamos amigos, cúmplices e muito divertidos.
- Só isso ? (risos !) ...

Ela sorriu tão delicadamente que bloqueou qualquer tentativa de argumentação.

A rua estava movimentada, quase 4 horas da tarde. Trânsito incrível de veículos com seus condutores aflitos para terminarem seus afazeres. E as pessoas que passavam, nos cruzamentos, esboçavam ares de preocupação e pressa.

Jully seguiu vagarosamente, tão suave quanto surgiu, sorrindo angelicalmente em direção a algum lugar qualquer que não se sabe pra onde, deixando uma saudade e uma admiração imensas,... Coisas assim que acontecem de repente em nossas vidas e nos fazem sorrir !

Ficou apenas sua lembrança, em tarde fim de primavera ! E ela foi embora murmurando:

“ Eu já me encontrei,... e você ? ”

-    o    -

Raul de Abreu
jan - 2010

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